Na última semana falamos sobre o autoengano. Hoje quero destacar quatro formas dele se manifestar.
O primeiro é o autoengano funcional, em que mentimos para nos convencer de que a nossa decisão está correta. O exemplo mais clássico é a fábula em que a raposa tenta várias vezes pegar as uvas, não consegue e, ao desistir, pensa:
“Ah, não tem problema, elas estavam ruins mesmo”. É uma forma de se autoenganar para se tranquilizar, para dizer a si mesmo: “Não consegui, mas tudo bem”.
O segundo tipo é quando valorizamos demais alguma coisa para justificar uma ação nossa. Imagine que você quer comprar aquela bolsa linda e maravilhosa. Só que é muito cara e vai pesar no seu orçamento. Mas, no impulso, você compra. E tenta se convencer: “Puxa, mas é uma bolsa feita à mão, de um material nobre, tem grife”.
O terceiro é o autoengano consolador. Quando colocamos a culpa de algo em um agente externo. “Eu não consigo aquela promoção porque o meu chefe é uma pessoa muito negativa.” “Eu tenho ciúme porque o meu namorado me dá motivo.” São momentos em que nos colocamos no papel de vítima e não conseguimos lidar com as situações.
O último tipo é quando mentimos para nos convencer de algo. Contamos uma história que até pode ser real, mas com uma valorizada, um exagero, e vamos nos acostumando a ela a ponto de parecer que foi daquele jeito.
São situações que, teoricamente, vão trazer alguns benefícios no curto prazo, mas que, quando se mantêm, podem prejudicar muito o nosso desenvolvimento.
Vale a pena olharmos para os nossos comportamentos e para as justificativas que utilizamos. Pense nisso!
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